Igreja em SC faz tatuagem coletiva: expressão de fé que gera debate
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Sessão de tatuagem da Reino Church Crédito: Reprodução |
Na semana passada, a Igreja Reino Church, localizada em Balneário Camboriú (SC), organizou um inusitado “mutirão de tatuagens” com fiéis tatuando nos pulsos a sigla “MT 24:14”, em referência ao versículo bíblico "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo...". A ação, divulgada em vídeo pelo pastor Eduardo Reis, viralizou nas redes sociais e gerou reações acaloradas entre o público evangélico.
O que de fato ocorreu?
No domingo, dia 13 de julho de 2025, fiéis formaram filas dentro da sede da igreja para tatuar, no pulso, “MT 24:14” em estilo lettering. Em depoimentos, os participantes proclamaram que a marca simboliza sua missão diária de compartilhar o evangelho, funcionando como um lembrete constante.
Declaração do pastor Eduardo Reis
Pastor Eduardo explicou o gesto dizendo que jamais gostou de tatuagens — “detesto tatuagem… é abominação” — mas que sentiu um chamado do Espírito para marcar seu corpo como um memorial da missão que recebeu de Deus. Ele defendeu a iniciativa alegando liberdade cristã: “não é sobre tatuagem, é sobre liberdade… não vive pra agradar religiosos” .
Repercussão entre evangélicos
A iniciativa provocou manifestações intensas online. Muitos apoiaram, vendo força no símbolo coletivo, mas houve críticas pautadas em argumentos como:
- A fé evangélica já concede um “selo espiritual” — a tatuagem seria desnecessária;
- A prática conflita com passagens bíblicas como Levítico 19:28;
- Pode gerar senso de pertencimento egóico ou ser encarada como estratégia de marketing religioso.
O pastor Rodrigo Sant’Anna questionou: “Sou escravo de Cristo, não um campus livre para a carne”.
Aspectos legais e sanitários
Segundo a vigilância sanitária de Balneário Camboriú, tatuagens fora de estúdios exigem condições específicas: local de no mínimo 6 m², pia com água corrente e uso de luvas e material esterilizado — sob pena de multa.
O contexto da polêmica
O episódio reflete divisões internas ao meio evangélico, entre tradições mais conservadoras e abordagens inovadoras. Um lado vê símbolos visuais como formas legítimas de expressão. Do outro, sustenta que a fé se manifesta no caráter, testemunho e serviço, não através de marcas externas.
Vozes da comunidade
Segmentos evangélicos afirmaram que “marcar o corpo é vaidade” e que “basta orar de joelhos para lembrar o propósito”. Já membros da Reino destacaram que “quem tatuou tinha a convicção no coração”.
Impacto para a Igreja Reino
A repercussão reforçou o perfil da Reino como uma igreja com estética jovem, moderna — apelidada inclusive de “boate gospel” em criticas por conta de luzes neon e decoração estilizada. A ação reacende o debate sobre a evangelização contemporânea: até que ponto a inovação pode servir ao Reino sem perder substância.
Reflexão para o leitor
Mesmo discordando ou apoiando, a questão central é: os símbolos externos nos aproximam de Cristo ou desviam a atenção do essencial? Em Gálatas 5:1, lemos que Cristo nos libertou para vivermos verdadeiramente — o que inclui discernir o que edifica. Uma tatuagem pode ser boa se ela reforça “a pregação de todo o mundo” — como Mateus 24:14 — mas também pode ser apenas um modismo passageiro.
Serviço
- O que foi: Sessão coletiva de tatuagem de versículos bíblicos (“MT 24:14”) na Reino Church
- Onde: Balneário Camboriú, SC
- Quando: Domingo, 13 de julho de 2025
- Quem: Pastor Eduardo Reis e dezenas de fiéis jovens
- Repercussão: Viralizou com mais de 1,5 milhão de visualizações e 12 mil comentários
Versículo para reflexão
“Não façam nada por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.” (Filipenses 2:3)
Que nossa marca seja a humildade, serviço e amor — símbolos eternos da fé viva.
Participe e comente
Qual sua visão? Essa tatuagem coletiva é expressão genuína de fé ou desvio de foco? Deixe seus pensamentos nos comentários e compartilhe com amigos — é no diálogo que crescemos.
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