Coletivo Bereia acusa portais evangélicos de silenciarem áudios sobre Silas Malafaia

Joelson Carlos
Joelson Carlos
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O Coletivo Bereia publicou nesta semana uma matéria afirmando que diversos portais de notícias evangélicos teriam “silenciado” diante de áudios atribuídos ao pastor Silas Malafaia, nos quais haveria palavras duras e orientações sobre críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). A publicação do Bereia sugeriu que os veículos gospel estariam omitindo informações relevantes.

No entanto, dentro do próprio meio cristão, a interpretação é diferente. Pastores, jornalistas e comunicadores evangélicos defendem que a opção de não publicar determinados conteúdos não significa “censura”, mas sim cautela editorial, motivada pela responsabilidade de não expor a Igreja a ataques injustos ou alimentar polêmicas que poderiam ser exploradas pela mídia secular de forma descontextualizada.

O que diz o Coletivo Bereia

De acordo com a denúncia, os áudios circularam em grupos de WhatsApp e redes sociais, mas não foram repercutidos em sites gospel de grande alcance. Para o Bereia, essa ausência indicaria uma espécie de “blindagem informativa” em defesa de Malafaia.

O coletivo é conhecido por seu trabalho de checagem de fatos em ambiente religioso, mas suas análises, segundo críticos, por vezes refletem uma visão mais crítica e política sobre o meio evangélico, o que gera tensão na relação com portais cristãos que buscam se concentrar no anúncio da fé e na defesa da comunidade de crentes.

Por que o silêncio pode ser prudente

Portais evangélicos que optaram por não dar destaque ao caso argumentam que noticiar áudios sem confirmação oficial poderia gerar escândalos desnecessários e desviar a atenção dos cristãos de temas espirituais e edificantes. Em vez de se tornarem palco para acusações, preferiram manter a neutralidade e aguardar manifestações públicas de líderes e órgãos competentes.

Essa decisão, longe de ser omissão, pode ser vista como respeito à responsabilidade pastoral e compromisso em proteger a comunidade de informações que poderiam ferir a fé ou gerar desconfiança generalizada contra pastores e igrejas.

O papel da mídia evangélica

A comunicação cristã tem uma função dupla: informar e edificar. Diferente da mídia secular, que frequentemente busca audiência por meio do sensacionalismo, os portais evangélicos procuram valorizar a verdade bíblica, preservar a unidade do Corpo de Cristo e evitar dar munição para aqueles que desejam atacar a Igreja.

É importante ressaltar que a responsabilidade jornalística cristã não se resume a divulgar tudo o que chega às redações, mas a filtrar, discernir e publicar o que realmente contribui para o crescimento espiritual e para a clareza dos fatos.

Contexto político e espiritual

Silas Malafaia é uma figura conhecida tanto no cenário religioso quanto político. Seu discurso firme já o colocou em posição de confronto com diferentes setores da sociedade. Isso torna qualquer declaração ou gravação sua um assunto de grande repercussão, capaz de gerar debates intensos.

Ao evitar publicar o conteúdo desses áudios, portais evangélicos podem estar escolhendo não alimentar a polarização política dentro da Igreja, lembrando que a prioridade da fé cristã deve ser a pregação do Evangelho e não a multiplicação de polêmicas.

O que pensam os fiéis

Muitos cristãos apoiaram a postura dos sites gospel. Em comentários nas redes sociais, leitores apontaram que a omissão foi sinal de sabedoria, já que “expor apenas falas polêmicas sem contexto” poderia reforçar uma imagem distorcida do meio evangélico.

Outros destacaram que, em um momento em que a fé cristã frequentemente é alvo de críticas externas, os portais cumprem um papel de proteger a comunidade e evitar que inimigos da Igreja usem notícias negativas como munição contra o povo de Deus.

Um debate saudável

A denúncia do Coletivo Bereia abre espaço para um debate importante: até que ponto a imprensa evangélica deve dar espaço para críticas internas? O equilíbrio entre transparência e edificação continua sendo o grande desafio da mídia gospel.

O próprio apóstolo Paulo já orientava a Igreja a não dar ocasião para que o inimigo tivesse do que se gloriar (1 Timóteo 5:14). Isso mostra que, biblicamente, nem tudo deve ser exposto publicamente quando o objetivo é preservar o testemunho cristão.

No fim das contas, a Igreja é chamada a manter o foco no Evangelho. Jesus ensinou: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Para os cristãos, a verdade última não está em áudios ou controvérsias, mas na Palavra de Deus.

Você acredita que os portais evangélicos agiram corretamente ao não repercutir esses áudios?
Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esta notícia com irmãos e líderes da sua igreja.

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