Janja participa de culto no Harlem e fala de “não silenciar” diante dos desafios
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Janja na The Abyssinian Baptist Church Foto: Divulgação / Instagram |
Em uma manhã marcada por fé, símbolos e mensagens poderosas, a primeira-dama do Brasil, Rosângela “Janja” Lula da Silva, participou de um culto na The Abyssinian Baptist Church, localizada no bairro do Harlem, em Nova York, no domingo, 21 de setembro de 2025. A presença de Janja atraiu atenção, não apenas pela importância institucional, mas pelas palavras que proferiu e pelo simbolismo religioso que marcou o momento.
A igreja batista que a acolheu é uma das mais antigas e tradicionais entre as instituições batistas afro-americanas nos Estados Unidos, com história ligada à luta por direitos civis e à comunidade negra.
Mensagem de fé e simbolismo: “não nos silenciarmos”
No culto, o reverendo Kevin R. Johnson fez uma saudação especial a Janja, classificando-a como “convidada muito especial”. Ele pediu que ela e os demais integrantes da comitiva brasileira presentes se levantassem e fossem aplaudidos pelos fiéis presentes.
Durante sua fala (ou comentário público), Janja destacou que a ideia de visitar uma igreja tão histórica fazia parte de um momento de conexão espiritual. Ela afirmou estar “conectada a cristãos no Brasil”, mas destacou que desejava participar também de um culto nos Estados Unidos, num templo batista tradicional.
O reverendo Johnson utilizou sua homilia para ressaltar a importância de não silenciarmos diante dos desafios do mundo, tema que tocou profundamente Janja, segundo suas próprias palavras publicadas nas redes sociais.
A relação institucional, política e espiritual
A presença de Janja neste culto ocorre em meio à viagem oficial aos Estados Unidos, relacionada à participação na Assembleia Geral da ONU.
Nos últimos meses, a primeira-dama tem intensificado sua aproximação com o público evangélico no Brasil, com participação em encontros religiosos, especialmente envolvendo mulheres, como parte de uma estratégia de diálogo com essa parcela da população.
Importância histórica da Abyssinian Baptist Church
Fundada no início do século XIX (aproximadamente 1808), a Abyssinian Baptist Church tem papel de destaque na história afro-americana, tendo sido importante centro de resistência contra o racismo, reforço da identidade negra e combate às injustiças sociais nos Estados Unidos.
Visitar esse templo não é apenas uma questão de arquitetura ou turismo religioso — é reconhecer uma herança de fé aliada à justiça, uma voz que se ergueu em meio à opressão. Para muitos cristãos, essa simbologia ressoa com as Escrituras que exortam o povo de Deus a se posicionar em favor da verdade, da justiça e da solidariedade.
Repercussão entre evangélicos e na política
A iniciativa de Janja foi bem observada por analistas políticos, uma vez que o segmento evangélico representa parcela significativa do eleitorado, historicamente mais associada à política conservadora ou de direita no Brasil.
Enquanto parte dos evangélicos se mantém crítica ao governo federal, gestos simbólicos como esse culto tendem a gerar reflexão sobre diálogo, aproximação e respeito mútuo — independentemente de filiações políticas.
Palavras que tocam: gratidão, louvor e esperança
Nas redes sociais, Janja compartilhou registros da visita à igreja, dizendo estar “agradecida por esse domingo de louvor e muito simbolismo em uma igreja histórica”. Ela afirmou ter sido “profundamente tocada” pelas palavras do reverendo Kevin R. Johnson.
Para muitos cristãos evangélicos, ver uma autoridade pública participando ativamente de momentos de fé representa um gesto de humildade, de respeito às crenças alheias, e um lembrete de que fé e atuação pública podem coexistir, inspirando esperança. Momentos como este reforçam que existe um espaço para diálogo, tolerância e entendimento.
Reflexão para cristãos: fé em ação em meio ao mundo
Este episódio lança algumas possibilidades de reflexão para os seguidores de Cristo:
- A fé não é apenas expressão pessoal, mas pode ser visível através de atos que aproximam a sociedade;
- Silenciar diante das injustiças ou desafios pode enfraquecer o testemunho;
- Reconhecer e valorizar a história da igreja, especialmente de comunidades que enfrentaram opressão, fortalece nossa identidade cristã;
- Autoridades públicas têm influência, e quando participam de gestos de fé, podem semear unidade em lugar de divisão.
Que este momento nos motive, cristãos, a estarmos presentes, caros irmãos e irmãs, em nossas comunidades. Que façamos disso um ponto de união, de oração, de testemunho vivo.
“Não te cales, nem te furtes de dar testemunho desta Boa Nova.”
Atos 4:20
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