Pastor Russo é Condenado por Sermão Pacifista e Vira Símbolo de Fé sob Opressão
Uma forte onda de repercussão vem do interior da Rússia após a condenação do pastor Nikolay Romanyuk, de 63 anos, líder da Igreja Pentecostal da Santíssima Trindade. Ele foi sentenciado a quatro anos de prisão em regime de trabalhos forçados por pregar um sermão considerado “anti-guerra”.
O que o pastor disse
Em setembro de 2022, durante um sermão transmitido ao vivo pela internet, Romanyuk afirmou que a guerra da Rússia contra a Ucrânia “não é nossa guerra”. Ele afirmou também que a doutrina de sua igreja se fundamenta no pacifismo e que “não podemos participar disso”. Ele explicou que orava pelas pessoas obrigadas a lutar, mas não os abençoava para a guerra.
A acusação: crime de Estado sob lei de segurança
Apesar de testemunhas confirmarem que o pastor **não incentivou deserções nem desordens civis**, as autoridades russas o acusaram de fazer apelo público contra a segurança nacional. Ele teria sido julgado sob o artigo 280.4 do Código Penal Russo, que criminaliza manifestações consideradas contrárias ao Estado durante declarações públicas ou transmissões médias.
Condições de detenção e estado de saúde
Romanyuk está detido no centro de detenção preventiva de Noginsk, onde já esteve por pelo menos dez meses antes da condenação formal. Ele sofre de várias condições médicas — hipertensão, psoríase e sequelas de um pequeno AVC — que tornam sua situação especialmente delicada.
Reações da família, igreja e organismos de direitos humanos
A filha do pastor, Svetlana Zhukova, qualificou o processo como “fabricado” e motivado por perseguição religiosa. Segundo ela, seu pai foi punido por sua fé, pela integridade de seu testemunho, e não por cometer qualquer delito.
Organizações como o Forum 18 acompanharam o caso e alertam que esta condenação representa um marco perigoso no uso de leis de segurança para silenciar líderes religiosos que discordam da narrativa oficial do governo.
Significado simbólico e impacto
Este caso tem sido considerado um símbolo da perseguição religiosa em regimes autoritários. Romanyuk é apontado como o primeiro cidadão russo condenado sob a nova lei que criminaliza manifestações religiosas contrárias à guerra.
Para os cristãos evangélicos ao redor do mundo, o episódio desafia reflexões sobre coragem, autenticidade e até onde advogar pelos princípios bíblicos quando eles confrontam o poder político. É também um alerta de que liberdade de crença pode ser cerceada quando a voz da fé é vista como ameaça ao Estado.
Pontos de atenção e perguntas urgentes
- Até que ponto leis de “segurança nacional” estão sendo usadas para intimidar cristãos que exercem seu direito de expressão pacífica?
- Como igrejas devem cuidar de seus líderes quando esses são pressionados judicial ou fisicamente por expressarem convicões de fé?
- Qual o papel das comunidades cristãs internacionais para denunciar casos como este e oferecer suporte?
Mensagem para os cristãos evangélicos
Queridos irmãos, este caso nos lembra que a fé não é para ser escondida por medo. Quando manipulamos verdades espirituais, ou deixamos de profetizar contra injustiças, corremos o risco de perder o poder transformador do Evangelho.
Que possamos orar por coragem para permanecermos fiéis mesmo diante de repressão; que Deus console Romanyuk e sua família; que a igreja universal se eleve em unidade pela liberdade religiosa e pelo direito de falar em amor a verdade.
Compartilhe este artigo para que mais pessoas conheçam sua história — e deixe seu comentário: você já ouviu relatos parecidos em outras nações? Como sua igreja reage diante de perseguição?
Verso bíblico para meditar:
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.”
— Mateus 5:10
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