Negacionismo em rede internacional gera revolta: cristãos na Nigéria continuam sendo massacrados

Al Jazeera é criticada por minimizar genocídio cristão na Nigéria, enquanto organizações denunciam mais de 7 mil mortes só em 2025

Uma recente publicação da emissora Al Jazeera, gerou forte repercussão ao questionar a existência de um genocídio contra cristãos na Nigéria. O artigo, assinado pelo colunista Gimba Kakanda, classificou os massacres como “disputas étnicas” e “conflitos agrários”, ignorando os relatos de perseguição religiosa sistemática que têm sido denunciados por diversas organizações internacionais. A matéria provocou indignação entre líderes cristãos, entidades de direitos humanos e milhares de fiéis ao redor do mundo.

Mais de 7 mil cristãos mortos em 2025

Segundo relatório da organização Intersociety, liderada pelo criminologista Emeka Umeagbalasi, mais de 7 mil cristãos foram assassinados na Nigéria apenas nos primeiros sete meses de 2025. Os dados foram compilados a partir de fontes locais, internacionais e testemunhos de vítimas. A maioria dos ataques é atribuída a grupos extremistas islâmicos como Boko Haram, Estado Islâmico e milícias Fulani radicalizadas.

As regiões mais afetadas são o Cinturão do Meio e o norte do país, onde comunidades cristãs têm sido alvo de invasões, assassinatos em massa, sequestros e destruição de igrejas.

Al Jazeera sob críticas internacionais

O artigo publicado pela Al Jazeera em 2 de outubro de 2025 gerou revolta por minimizar a gravidade da situação. Ao tratar os massacres como “conflitos agrários”, a emissora ignora o componente religioso que tem sido amplamente documentado por entidades como Missão Portas Abertas, Open Doors e Human Rights Watch.

“Negar o genocídio é perpetuar o sofrimento dos que já perderam tudo por causa da fé em Cristo”, afirmou Alexander Barroso, colunista do jornal O Tempo.

Vozes que denunciam a tragédia

Organizações cristãs têm se mobilizado para denunciar o que chamam de “tragédia silenciada”. A Missão Portas Abertas revelou que a Nigéria foi responsável por 82% das mortes de cristãos em todo o mundo em 2023, com mais de 4 mil assassinatos entre outubro de 2022 e setembro de 2023.

Pastores locais relatam que cultos são interrompidos por ataques armados e que famílias inteiras têm sido dizimadas. “Estamos sendo mortos por causa da nossa fé. E o mundo precisa saber disso”, disse o pastor Emmanuel, da região de Kaduna.

O papel da igreja e da oração

Em meio à perseguição, a igreja cristã na Nigéria continua firme. Cultos são realizados em locais improvisados, fiéis se reúnem em segredo e a oração se tornou o principal sustento espiritual. “Não vamos negar Jesus, mesmo que isso custe nossas vidas”, declarou uma jovem cristã sobrevivente de um ataque em Plateau.

Para os cristãos evangélicos brasileiros, a situação na Nigéria é um chamado à intercessão. Diversas igrejas têm promovido vigílias e campanhas de oração em favor dos irmãos perseguidos.

Negacionismo como ameaça à verdade

Minimizar ou negar o genocídio cristão na Nigéria não é apenas uma falha jornalística — é uma afronta à verdade e à dignidade humana. A postura da Al Jazeera levanta questionamentos sobre o papel da mídia internacional na cobertura de perseguições religiosas.

“A mídia deve ser voz dos que não têm voz, não cúmplice do silêncio”, afirmou Emeka Umeagbalasi, autor do relatório da Intersociety.

Como ajudar os cristãos perseguidos

Além da oração, é possível contribuir com organizações que atuam diretamente na Nigéria, como Missão Portas Abertas, Barnabas Fund e Christian Solidarity Worldwide. Essas entidades oferecem suporte espiritual, jurídico e humanitário às vítimas da perseguição.

Compartilhar informações confiáveis também é uma forma de combater o negacionismo e dar visibilidade à causa.

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.” – Mateus 5:10

Ajude a dar voz aos cristãos perseguidos. Compartilhe este artigo com sua igreja, seus amigos e familiares. Deixe seu comentário abaixo e una-se em oração por nossos irmãos na Nigéria.

Gostou? Siga nosso canal no WhatsApp e receba nossas notícias!
Entrar no canal

Comunicar erro