Liberdade em risco: dois terços da humanidade vivem sob repressão religiosa

Relatório da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre revela que mais de 5,4 bilhões de pessoas vivem em países onde a liberdade religiosa é violada

Em um mundo cada vez mais conectado, a liberdade de professar uma fé deveria ser um direito garantido. No entanto, o mais recente relatório da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACS) revela uma realidade preocupante: dois terços da população mundial vivem sem liberdade religiosa plena.

O estudo, divulgado em 21 de outubro de 2025, analisou a situação em 196 países e identificou violações graves em 62 deles. Desses, 24 enfrentam perseguição religiosa aberta, enquanto outros 38 são marcados por discriminação sistemática contra comunidades de fé.

Os principais vilões da liberdade religiosa

Segundo o relatório, o autoritarismo é o principal impulsionador da repressão religiosa. Em 19 dos 24 países com perseguição e em 33 dos 38 com discriminação, regimes autoritários ou grupos extremistas controlam o discurso religioso e reprimem minorias.

Países como China, Índia, Nigéria e Coreia do Norte figuram entre os que mais violam esse direito fundamental. Em muitos desses locais, cristãos são presos, torturados ou mortos por causa de sua fé. Igrejas são destruídas, cultos são proibidos e líderes religiosos são perseguidos.

O impacto sobre os cristãos

Embora todas as religiões sofram com a intolerância, os cristãos continuam sendo o grupo mais perseguido no mundo. Em diversas regiões da África e da Ásia, comunidades cristãs vivem sob constante ameaça de grupos jihadistas, milícias armadas e governos repressivos.

Além da violência física, há também a violência institucional: leis que proíbem conversões, censuram a Bíblia, restringem a liberdade de culto e criminalizam a evangelização. Em alguns países, ser cristão é considerado um crime.

O silêncio que também mata

O relatório da ACS também denuncia o silêncio internacional diante dessas violações. Organizações de direitos humanos, governos democráticos e até mesmo grandes plataformas digitais têm se omitido diante da perseguição religiosa.

O direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, protegido pelo Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, não está apenas sob pressão: em muitos países, está desaparecendo”, alertou Regina Lynch, presidente internacional da ACS.

O que podemos fazer?

Como cristãos evangélicos, somos chamados a orar pelos perseguidos, denunciar a injustiça e defender a liberdade religiosa como um direito universal. A Bíblia nos ensina que “se um membro sofre, todos os outros sofrem com ele” (1 Coríntios 12:26).

É possível apoiar organizações que atuam na defesa da fé, compartilhar informações confiáveis, pressionar autoridades e usar nossas redes sociais para dar voz aos que não podem falar.

Testemunhos de fé em meio à perseguição

Mesmo diante da repressão, muitos cristãos continuam firmes em sua fé. Em países como Irã, Eritreia e Paquistão, igrejas subterrâneas crescem, pessoas se convertem em segredo e líderes evangelizam com coragem.

Esses testemunhos nos inspiram a viver com mais intensidade o evangelho e a valorizar a liberdade que temos. Eles nos lembram que a fé verdadeira resiste ao fogo da perseguição.


 

Versículo para meditação

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” – Mateus 5:10

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