Janja se reúne com evangélicas em Salvador após Lula recuar na busca por apoio
Na manhã da última quinta-feira (14 de agosto de 2025), a primeira-dama Rosângela “Janja” da Silva participou de um encontro com mulheres evangélicas em Salvador (BA). Realizado na Igreja Batista Adonai, no bairro Cazajeiras, o encontro é visto como uma iniciativa estratégica da esposa do presidente Lula para se aproximar do importante segmento cristão — especialmente após recuos observados recentemente em relação ao apoio evangélico.
Um momento de escuta e propósito
Janja definiu o encontro como uma “manhã especial de diálogo”, celebrando a fé ativa e o compromisso com a justiça social. “De mãos dadas com mulheres de fé, vamos desenvolver soluções e políticas que façam bem para o nosso povo, avançando por um projeto de nação que preza pela justiça social, onde ninguém passe fome, onde todas as crianças sejam cuidadas e protegidas, onde nenhuma mulher sinta medo de estar em sua própria casa ou no trabalho”, declarou a primeira-dama em suas redes sociais.
Também presente ao encontro, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, caracterizou a reunião como “um momento de escuta”. Segundo ela, “junto com as igrejas, precisamos pensar soluções e políticas que façam bem para o nosso povo, avançando por um projeto de nação que faça o que é justo e o que é certo”.
Contexto político e sensibilidade evangélica
Essa movimentação ocorre em meio a um cenário de desafios políticos. Pesquisas recentes indicam que a rejeição ao presidente Lula entre eleitores evangélicos subiu de 50% para 55%, entre junho e julho de 2025. Este segmento segue predominantemente alinhado ao bolsonarismo, tornando o diálogo com lideranças evangélicas especialmente sensível e simbólico para os projetos políticos de 2026.
Uma agenda composta e estratégica
O encontro em Salvador não foi isolado. Em 4 de julho, Janja também havia se reunido com mulheres evangélicas em Manaus (AM), em um evento descrito por Anielle Franco como “escuta ativa e diálogo com mulheres que já fazem a diferença em suas igrejas e comunidades”. Além disso, um dia antes, visitou um terreiro de Candomblé junto com a ministra da Igualdade Racial e lançou o edital “Mãe Beata Justiça Ambiental”, que visa premiar mulheres que combatem o racismo ambiental.
Fe, ação social e representatividade
Para muitos evangélicos, esses gestos são mais do que protocolos políticos — representam a oportunidade de serem ouvidos e levarem suas demandas a instâncias governamentais. A proposta de combinar fé com políticas públicas, como o combate à fome, proteção da infância e segurança para mulheres, reforça a percepção de que religião e responsabilidade social podem caminhar juntas.
Relevância para o público cristão
- Valorização da liderança feminina evangélica: reconhecer e ouvir mulheres de fé fortalece a participação ativa dentro das comunidades.
- Alinhamento prático entre fé e ação: promover políticas sociais coerentes com valores cristãos reforça a confiança nesse tipo de atuação pública.
- Diálogo respeitoso entre esferas: aproximação institucional sem imposição teológica mostra respeito pela autonomia religiosa.
Reflexão prática
Mais do que um evento político, encontros como esse nos convocam a refletir: como nossas instituições públicas podem atender às necessidades concretas das comunidades de fé com respeito e cooperação? Como podemos, como cristãos, participar ativamente nesse diálogo, promovendo ações de compaixão e justiça?
Convite à participação
O que você achou do encontro da Janja com mulheres evangélicas? Você acredita que esse tipo de diálogo pode gerar impacto real na sua comunidade? Comente abaixo e compartilhe este post com sua igreja ou grupo de estudo — para que juntos possamos discutir esses temas com fé e consciência.
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