Justiça transfere curatela de Amanda Wanessa para irmã após disputa familiar
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Foto: Reprodução/Instagram/Amanda Wanessa |
A Justiça de Pernambuco determinou nesta semana que a curatela da cantora gospel Amanda Wanessa deixe de ser exercida por seu marido, o músico Dobson Santos, e passe para sua irmã, Danyele Mendes. A mudança envolve não apenas a administração de bens, mas também os cuidados de saúde da artista, que está em estado vegetativo desde 2021, após grave acidente de carro. Esta decisão decorre de um processo iniciado pela família em 2023, após conturbações, denúncias de restrições e conflitos judiciais.
Como surgiu este processo?
O caso tomou repercussão nacional nos últimos dias, e portais de notícias confirmam que a decisão foi tomada pela 3ª Vara de Família e Registro Civil de Jaboatão dos Guararapes. A sentença reconheceu indícios de que o marido vinha tomando decisões contrárias a interesses de Amanda e limitando o acesso de parentes ao local onde ela vive e recebe tratamento.
Na prática, a curatela confere uma série de responsabilidades legais: gerir bens, autorizar procedimentos médicos, decisões de moradia, visitas e outros atos civis. Com a nova determinação, essas prerrogativas agora ficam sob a autoridade da irmã Danyele. A decisão ainda cabe recurso judicial, mas já define nova condução para este delicado episódio familiar.
Estado de saúde de Amanda Wanessa e histórico do acidente
Amanda Wanessa sofreu um grave acidente de carro em 4 de janeiro de 2021, na rodovia PE-60, em Rio Formoso (PE), quando colidiu com um caminhão.
Desde então, sua vida tem sido um longo período de luta e cuidados intensivos. A artista permanece em estado vegetativo ou coma vigil, condição na qual mantém certos reflexos, respira sem suporte mecânico e abre os olhos, mas sem consciência ou comunicação ativa.
Durante o atendimento, Amanda foi mantida com alimentação por sonda e submetida a terapias multidisciplinares — fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras — para preservar sua integridade física.
A família alegou que, ao longo dos anos, surgiram restrições às visitas e à convivência dos parentes com Amanda, bem como controle rigoroso da administração de seus bens. Em 2023, os pais e a irmã acionaram o judiciário para buscar garantias de maior participação no cuidado da cantora.
Decisão judicial: fundamentos e repercussões
A Justiça considerou indícios de que o marido vinha tomando decisões que contrariavam o que se entende como melhores interesses da cantora, inclusive limitando o direito de acesso de familiares. Também foram levadas em conta denúncias de que ele dificultava visitas ou retardava autorizações para que parentes participassem do tratamento.
Consequentemente, determinou-se que todos os poderes de curatela (saúde, bens e direitos civis) fossem transferidos à irmã Danyele, que agora responderá por cada ato necessário para garantir o bem-estar de Amanda.
A decisão prevê, ainda, que Amanda seja levada para convívio de parentes em ambiente controlado, sob supervisão especializada, de modo a garantir que ela continue recebendo cuidados médicos e terapêuticos com qualidade e com participação familiar.
Impactos para o meio evangélico e cristão
Para o público cristão, essa decisão desperta reflexões profundas sobre dignidade humana, cuidado com o frágil e o papel da família no suporte aos que não podem manifestar vontade plena. A disputa legal por curatela não é mero embate institucional — trata-se de resguardar a voz de quem não pode falar.
Muitos cristãos veem na trajetória de Amanda e em suas lutas um espelho das feridas humanas: do acidente ao silêncio corporal, sua história clama por compaixão, fé e justiça. A transferência da curatela para um familiar próximo simboliza uma chance de restituir protagonismo àqueles que conhecem intimamente quem ela é.
Esse episódio também chama atenção para ministérios e igrejas: quantos irmãos enfrentam limitações de voz? Quantas famílias carecem de proteção legal e espiritual? O papel da comunidade cristã é orar, apoiar, cuidar e buscar justiça para os vulneráveis.
Desafios e cuidados a serem observados
Embora a decisão pareça um passo positivo na restauração de autoridade familiar, ela traz responsabilidades gigantescas. Dentre os desafios, destacam-se:
- Manter **transparência** sobre cada ato médico e financeiro;
- Garantir que o cuidado seja prioritariamente com a dignidade da pessoa, não com interesses patrimoniais;
- Equilibrar o exercício da curatela com a humildade diante da fragilidade;
- Estar aberto a revisões judiciais e possibilidade de recursos;
- Atuar em união familiar, não em conflito exagerado, para evitar desgaste emocional.
Enquanto isso, a figura do marido, Dobson, ainda pode recorrer ou apresentar contrarrazões judiciais. Seu direito de defesa não é suspenso espontaneamente, salvo nova decisão judicial que mantenha a nova curatela de forma definitiva.
O cenário também é simbólico: ações judiciais no meio gospel ganham repercussão nacional, e ministros, cantores e igrejas acompanham com sensibilidade e vigilância, sabendo que a fé se expressa tanto em pregação quanto em justiça concreta.
Um apelo ao leitor: o que nos cabe fazer?
Se você é cristão, que esta notícia seja um convite à oração por Amanda, por sua família, por todos que dependem de decisões alheias para viver. Para quem recebe liderança ou ministério, que fortaleça mecanismos de transparência e cuidado com as vidas que Deus confiou.
Se você se sensibiliza, compartilhe esta notícia para que mais irmãos estejam cientes e possam orar — e deixe seu comentário abaixo com suas orações ou reflexões, pois cada palavra no corpo de Cristo é valiosa.
“Defende o fraco e o órfão; faz justiça ao aflito e ao necessitado.” — Salmo 82:3
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