Skip to main content

Pastor mirim rebate ataque e chama fiel de “homem casado com amante” em culto polêmico

Um incidente inusitado tem circulado nas redes e chamado atenção de líderes cristãos por todo o país. Durante um culto na Igreja Assembleia de Deus Avivamento Profético, o adolescente de 15 anos conhecido como pastor mirim Miguel Oliveira reagiu com veemência após ser chamado de “falso profeta”. Usando palavras fortes, ele acusou o fiel de ter uma amante e até citou um preservativo, episódio que viralizou e tende a gerar reflexões sobre autoridade espiritual, respeito e sensibilidade no púlpito.

O que realmente aconteceu?

O momento de tensão aconteceu quando Miguel, durante uma pregação, foi, segundo vídeos, confrontado por um homem identificado apenas como Cléber. O adolescente retrucou:

“Está me chamando de falso pastor, Cléber? Não deixa eu falar da sua amante, não, Cléber? … Tira a camisinha de dentro da carteira, Cléber. Homem casado que fica pegando mulher dos outros. Se me chamar de falso profeta de novo, te pego no meio da multidão, porque Deus tá falando que tem que respeitar o profeta.”

Quem é o “pastor mirim” Miguel Oliveira

Com apenas 15 anos, Miguel já acumula seguidores e notoriedade pelas redes sociais. Ele afirma ter sido curado aos 3 anos e, aos poucos, partiu para uma jornada como “missionário mirim”, participando de eventos evangélicos pelo Brasil, alegando ter recebido dons espirituais desde a infância. Entre suas declarações mais marcantes estão a promessa de curar o câncer, relatos de surdez e mudez congênita — sem tímpanos nem cordas vocais.

As redes sociais foram palco de debates acalorados: alguns defendem a coragem e a identidade espiritual do garoto, enquanto outros criticam a postura agressiva e sensacionalista do púlpito infantil. Um ponto em comum entre as reações, porém, é a preocupação com a exposição midiática de um menor de idade em contexto religioso.

O veículo MidiaMAIS, por exemplo, esclareceu que o culto ocorreu em Ponta Porã (MS), e não em Carapicuíba (SP), como havia sido noticiado em primeira instância pelo Metrópoles .

Autoridade profética ou teatralização imatura?

Essa situação nos convida a refletir: até que ponto uma pessoa jovem pode exercer autoridade espiritual? O que dizer do equilíbrio entre liberdade de expressão e limites respeitosos no ministério? O fato de ele invocar uma “ameaça” diante de uma acusação — mesmo pública — expõe tensões entre cultura da confrontação e cultura biblicamente fundamentada de mansidão e autocontrole.

Implicações teológicas e pastorais

  • Profetismo infantil: Há um chamado genuíno de Deus para crianças? Como distinguir isso de projeções humanas?
  • Disciplina na comunicação: Palavras têm poder — especialmente no púlpito. A Bíblia nos instrui a "a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15:1).
  • Proteção de menores: Um adolescente tem autonomia limitada; igreja e mídia precisam agir com responsabilidade.

Perspectiva para o público evangélico

Para líderes e pais, o episódio pode servir como alerta: ministério exige maturidade, discernimento e formação continuada. Já para jovens, é convite à reflexão sobre como agir, falar e ser testemunho sem teatralizar — mas com verdade, humildade e responsabilidade.

Oportunidades de edificação

Em vez de deixar o episódio virar simplesmente mais um meme, é possível:

  • Promover diálogos sobre autoridade espiritual;
  • Convidar especialistas (pastores, psicólogos cristãos) a falar sobre liderança de jovens;
  • Gerar conteúdo educativo: como ensinar aos filhos a manejar conflitos com respeito.

O que você pensa sobre esse episódio? Compartilhe nos comentários — sua opinião pode inspirar outros irmãos e ajudar a igreja a refletir com ponderação e graça.

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira."
Provérbios 15:1