Jim Caviezel viverá Jair Bolsonaro em filme internacional
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| Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado |
O ator norte-americano Jim Caviezel, famoso por interpretar Jesus em “A Paixão de Cristo”, foi confirmado como protagonista do longa Dark Horse (“O Azarão”), que contará a trajetória política de Jair Bolsonaro, com foco na campanha de 2018 e no atentado à faca. A produção internacional, dirigida por Cyrus Nowrasteh e roteirizada por Mario Frias, promete gerar debates intensos no Brasil e no exterior. O lançamento está previsto para 2026 e já mobiliza curiosidade pelo elenco e pela abordagem escolhida.
O anúncio que movimentou o cenário político e cultural
Na última semana, foi confirmado que o ator Jim Caviezel, conhecido mundialmente por seu papel em A Paixão de Cristo (2004), foi escalado para interpretar o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em um filme internacional. A obra, intitulada Dark Horse (“O Azarão”), terá como foco os acontecimentos da campanha presidencial de 2018, incluindo o atentado à faca sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora.
Produção e roteiro
O roteiro é assinado por Mario Frias, ex-ator e atual deputado federal pelo PL-SP, aliado político de Bolsonaro. A direção ficará a cargo de Cyrus Nowrasteh, cineasta com histórico em produções de temática religiosa e política. Segundo apuração do Estadão, a narrativa seguirá o estilo da “jornada do herói”, destacando momentos de superação e adversidades enfrentadas pelo ex-presidente.
Elenco confirmado
Além de Caviezel no papel principal, o elenco contará com nomes de diferentes nacionalidades:
- Marcus Ornellas, ator brasileiro radicado no México, viverá Flávio Bolsonaro.
- Eddie Finlay, norte-americano, interpretará Eduardo Bolsonaro.
- Sérgio Barreto, brasileiro, dará vida a Carlos Bolsonaro.
Essa diversidade de atores reforça o caráter internacional da produção, que será filmada em inglês e terá distribuição voltada ao mercado global.
Segurança e sigilo nos bastidores
De acordo com informações divulgadas pelo portal Leo Dias, a equipe de produção estabeleceu regras rígidas para evitar vazamentos. Entre as medidas estão revistas na entrada do set e proibição do uso de celulares durante as gravações. O objetivo é manter o máximo de sigilo sobre cenas e diálogos, evitando polêmicas antes do lançamento.
Contexto político e repercussão
O anúncio do filme ocorre em meio a um cenário político delicado. Bolsonaro encontra-se em prisão preventiva desde o dia 22 de novembro de 2025, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes. Esse detalhe adiciona ainda mais tensão à repercussão da obra, que promete dividir opiniões entre apoiadores e críticos.
Jim Caviezel, por sua vez, também é uma figura polêmica. Nos últimos anos, o ator se envolveu em debates públicos por suas posições conservadoras e por apoiar teorias conspiratórias, incluindo narrativas ligadas ao movimento QAnon. Ele também protagonizou o filme Som da Liberdade (2023), que abordou tráfico infantil e foi amplamente discutido nos Estados Unidos.
O que esperar de “Dark Horse”
Segundo a revista IstoÉ, a proposta é revisitar os acontecimentos da campanha de 2018, com ênfase no atentado à faca. A narrativa deve explorar os bastidores da política brasileira e a ascensão de Bolsonaro como líder conservador. O lançamento está previsto para 2026, mas já desperta curiosidade e debates intensos.
Impacto cultural e midiático
A escolha de Caviezel para interpretar Bolsonaro não é apenas uma decisão artística, mas também estratégica. O ator possui uma base de fãs consolidada entre públicos religiosos e conservadores, o que pode ampliar o alcance do filme em mercados internacionais. Ao mesmo tempo, sua participação gera críticas de setores progressistas, que questionam a romantização da trajetória do ex-presidente.
Importante destacar: a obra não é uma produção brasileira, mas sim internacional, o que reforça a ideia de que a imagem de Bolsonaro ultrapassa fronteiras e desperta interesse global.
Possíveis desdobramentos
O filme poderá impactar não apenas o cenário cultural, mas também o político. A narrativa escolhida pode influenciar percepções sobre Bolsonaro, especialmente em um momento em que sua figura pública está diretamente ligada a processos judiciais e debates sobre democracia no Brasil.
Com previsão de estreia para 2026, Dark Horse promete ser uma das produções mais comentadas dos próximos anos. A escolha de Jim Caviezel como protagonista, o roteiro assinado por Mario Frias e a direção de Cyrus Nowrasteh formam um conjunto que certamente atrairá atenção da mídia e do público. Independentemente da recepção, o longa já se posiciona como um marco na interseção entre política e cinema.

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