Thalles Roberto causa polêmica ao cantar hino do Flamengo na Marcha para Jesus
O cantor gospel Thalles Roberto gerou forte repercussão ao entoar o hino do Flamengo durante o encerramento da 29ª Marcha para Jesus, realizada em Imperatriz (MA) no dia 20 de novembro de 2025. O momento, que mesclou fé cristã com paixão esportiva, dividiu participantes do evento: enquanto alguns viram descontração, outros enxergaram desrespeito ao caráter espiritual da marcha.
Polêmica no evento religioso
No show de encerramento da Marcha para Jesus — tradicional ato público evangélico —, Thalles Roberto surpreendeu ao puxar o hino rubro-negro em ritmo de samba.
Várias testemunhas relataram nas redes sociais que o gesto destoou da proposta esperada: muitos fiéis entenderam que um momento de adoração prolongada acabou contaminado por elementos seculares. Segundo relatos, parte do público acreditava que o repertório deveria ser inteiramente espiritual, sem referência a clubes de futebol.
Reações nas redes sociais
O vídeo de Thalles Roberto cantando o hino do Flamengo viralizou imediatamente. Algumas pessoas criticaram o cantor, argumentando que sua performance ultrapassou os limites entre entretenimento e ministério evangélico.
Uma internauta citou passagens bíblicas para justificar sua indignação, mencionando 1 João 2:15-17 e afirmando que o futebol, para alguns, pode ser uma forma de “idolatria”.
Por outro lado, defensores de Thalles nas redes disseram que o momento foi leve e espontâneo, sem comprometer a essência espiritual do evento: “Se ele errou, o problema é dele com Deus”, comentou um seguidor.
Perspectiva local e institucional
De acordo com relatos do jornal Jornal Mais Maranhão, a Marcha para Jesus em Imperatriz reuniu milhares de cristãos para uma caminhada e momentos de oração, antes do show final. Alguns fiéis presentes disseram que não esperavam ver “um canto futebolístico dentro de um encontro dedicado exclusivamente à fé cristã.”
A análise de especialistas e a história do hino
É importante notar que o hino do Flamengo — na versão conhecida como “Marcha do Flamengo” — tem uma forte tradição musical, com raízes em marchinhas e samba, o que pode explicar, em parte, por que Thalles decidiu entoá-lo com aquele estilo.
Do ponto de vista teológico, a mistura entre fé e cultura secular levanta debates recorrentes: até que ponto artistas religiosos podem trazer elementos “mundanos” para o palco do louvor sem ferir a integridade espiritual do evento? A repercussão mostra que não há consenso entre os fiéis.
Impacto sobre eventos religiosos futuros
Essa polêmica pode ter implicações para organizadores da Marcha para Jesus e outros eventos cristãos. Com o debate sobre os limites do que deve ou não estar no repertório, é provável que promotores fiquem mais cautelosos na curadoria musical em futuras edições.
Além disso, o episódio reacendeu uma discussão importante entre os cristãos: até onde o entretenimento e a adoração podem se misturar sem comprometer a essência do culto ou da celebração religiosa?
A atitude de Thalles Roberto ecoa novos tempos nas manifestações de fé no Brasil, onde arte, identidade cultural e devoção frequentemente se entrelaçam de maneiras inesperadas. Para muitos, ele apenas brindou o momento com humor e autenticidade. Para outros, contudo, ultrapassou fronteiras sagradas.
Independentemente de posicionamentos, o episódio serve como ponto de reflexão: em uma sociedade plural, como equilibrar o sagrado e o profano quando ambos fazem parte da vida de milhões de pessoas?

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