Costa Rica revoga norma de aborto e fortalece regulação pró-vida: evangélicos celebram vitória histórica
Na última quarta-feira, 15 de outubro de 2025, o governo da Costa Rica anunciou oficialmente a revogação da norma técnica que regulava o aborto terapêutico desde 2019. A medida foi substituída por uma nova regulamentação que restringe ainda mais a prática, permitindo-a apenas em casos de risco iminente de morte para a gestante.
A decisão foi recebida com entusiasmo por líderes evangélicos e grupos pró-vida do país, que há anos pressionavam por mudanças na legislação. “É uma vitória da vida e da fé”, declarou o pastor Mario Segura Bonilla, porta-voz da Conferência Episcopal da Costa Rica.
Entenda o que mudou
A norma técnica anterior permitia o aborto terapêutico quando a saúde física ou mental da mulher estivesse em risco. Com a nova regulação, o procedimento só poderá ser realizado em situações onde há risco real de morte, conforme interpretação mais restrita do artigo 121 do Código Penal costarriquenho.
Segundo o presidente Rodrigo Chaves, a mudança visa “proteger a vida desde a concepção” e responde a uma promessa feita durante sua campanha eleitoral. A nova norma foi publicada às vésperas do início da corrida presidencial de 2026, o que gerou críticas de opositores que acusam o governo de usar o tema como estratégia política.
Reação da comunidade evangélica
Pastores, líderes de ministérios e fiéis celebraram a decisão como um marco na defesa dos valores cristãos. Igrejas realizaram cultos de ação de graças e vigílias em apoio à nova regulamentação. “A vida é sagrada, e essa medida reafirma nossa convicção de que Deus é o autor da existência”, disse a pastora Ruth Jiménez, da Igreja Vida Plena.
Organizações como a Aliança Evangélica Costarriquenha elogiaram a postura do governo e pediram que outros países latino-americanos sigam o exemplo. “Estamos diante de um momento profético para a América Latina”, afirmou o líder evangélico Esteban Morales.
Críticas e controvérsias
Apesar do apoio cristão, a medida gerou reações contrárias de grupos feministas, organizações de direitos humanos e setores da medicina. Eles alegam que a nova norma pode colocar em risco a saúde de mulheres em situações graves, como depressão pós-parto, pré-eclâmpsia ou outras condições clínicas que não envolvem risco imediato de morte.
O Ministério da Saúde, liderado por Mariela Marín, afirmou que os protocolos médicos serão ajustados para garantir que nenhuma mulher seja negligenciada. Ainda assim, especialistas alertam para a necessidade de capacitação dos profissionais e revisão dos critérios clínicos.
O papel da igreja na política pública
O envolvimento da comunidade evangélica na construção da nova norma foi decisivo. Desde 2022, líderes religiosos participaram de audiências públicas, reuniões com parlamentares e campanhas de conscientização. “Não é interferência, é cidadania ativa”, disse o pastor Bonilla, ao defender a participação da igreja na formulação de políticas públicas.
Essa atuação reacende o debate sobre os limites entre fé e Estado. Para os evangélicos, a defesa da vida transcende ideologias e deve ser prioridade em qualquer governo. “Não estamos impondo religião, estamos defendendo princípios universais”, afirmou o teólogo David Herrera.
Impacto regional e internacional
A decisão da Costa Rica pode influenciar outros países da América Central, onde o aborto ainda é tema sensível e polarizador. Honduras, El Salvador e Nicarágua possuem legislações rígidas, enquanto Panamá e Guatemala enfrentam pressões por flexibilização.
Organizações internacionais como a Christian Daily destacaram a repercussão positiva entre cristãos de todo o continente. “A Costa Rica se posiciona como um bastião da vida em tempos de relativismo moral”, escreveu o jornalista Michael Evans em editorial recente.
Reflexão para os cristãos brasileiros
Embora o contexto seja costarriquenho, a notícia ressoa entre os evangélicos brasileiros, que também enfrentam debates sobre o aborto e os valores cristãos na política. A postura da Costa Rica serve como inspiração para líderes que desejam defender a vida com coragem e sabedoria.
Mais do que uma vitória política, trata-se de uma afirmação espiritual: a vida é dom de Deus, e cabe à igreja ser voz profética em sua defesa. Que essa decisão nos leve à oração, à ação e ao compromisso com o Reino.
“Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei.” — Jeremias 1:5
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